O cinema argentino é considerado uma das três grandes potências da cinematografia latino-americana, juntamente com Brasil e México. A primeira projeção de uma película em terras locais ocorreu pouco tempo depois do surgimento do cinematógrafo pelas mãos dos irmãos Lumiere, sendo o documentário La Bandera Argentina , de Eugênio Py, considerado o primeiro trabalho nacional. Desde lá, grandes nomes contribuíram para o desenvolvimento da sétima arte, que atravessou diversas fases e ,mesmo com a forte crise econômica entre as décadas de noventa e a última, conseguiu se estabelecer com um elevado grau de qualidade artística e nivel técnico, lançando à fama mundial artistas, roteiristas e cineastas de renome, como é o caso de Lucrecia Martel.
Nascida em Salta, no norte da Argentina, Lucrecia Martel nunca havia pensando em se tornar uma cineasta, mesmo com sua paixão pela câmera, o que a levava a filmar sua família em cenas cotidianas. No ínicio da segunda metade dos anos oitenta ,ao se mudar para Buenos Aires, começou a cursar uma faculdade de comunicação, despertando o interesse para o mundo da sétima arte. Alternando sua carreira com curtas, entre eles o premiado Rey Muerto, e longas metragens bastante prestigiados em festivais ao redor do mundo — com O Pântano, sobre as desconfortantes inquietudes emocionais de um casal em férias com os filhos, foi premiada como roteirista pelo renomado Sundance Festival e mais tarde contou com a produção executiva dos irmãos Almodóvar em La Niña Santa, uma das atrações de Cannes em 2004. Em sua terra natal, Lucrecia Martel é vista como um expoente da profissão, um modelo a ser seguido pelos jovens locais que sonham em se adentrar ao universo cinematográfico. Tamanha dedicação e empenho, frequentemente reconhecidos pela crítica, renderam para cineasta em 2011 o título de um dos cinco melhores diretores argentinos da década.
Grande Flavio!
Faz um tempo que não passo aqui no Cineprise e queria aproveitar o espaço para lhe parabenizar pelo layout. Ficou show de bola, meu caro! Mt caprichado! =)
Eu diria que a cinematografia argentina, junto com a coreana, são as mais interessantes atualmente. Tanto pelos temas retratados como pela abordagem íntima e humanista. Mas tenho problemas com Lucrecia Martel rs, tenho de confessar. Com exceção do belo “O Pântano”, que tu comenta no texto, eu gosto bem pouco dos demais.
abrass!
O cinema argentino, com certeza, é a menina dos olhos do cinema latino-americano. A Lucrecia Martel, nesse sentido, é um dos nomes mais conhecidos desse cinema. Apesar de eu ter visto poucos filmes dela, não tenho dúvidas de que se trata de uma cineasta de muito talento.